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Prefeitura de Belém anuncia a compra de 43 mil livros para bibliotecas escolares

A Secretaria Municipal de Educação (Semec) adquiriu 43 mil livros, que serão distribuídos, até o final do ano, nas bibliotecas da Rede Ensino de Be...

06/12/2024 às 19h23
Por: Redação Fonte: Agência Belém
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Foto: Paulo Roberto Ferreira - Ascom Semec
Foto: Paulo Roberto Ferreira - Ascom Semec
A Secretaria Municipal de Educação (Semec) adquiriu 43 mil livros, que serão distribuídos, até o final do ano, nas bibliotecas da Rede Ensino de Belém. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, 6, pela secretária de Educação, Araceli Lemos, na abertura do I Seminário de Bibliotecas Escolares da Amazônia, promovido pelo Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube), vinculado à Semec. O evento ocorreu na Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Professor Anísio Teixeira, no bairro do Umarizal. O seminário foi organizado porque Belém destaca-se como o município da Amazônia com o maior número de bibliotecários em bibliotecas escolares municipais, cumprindo as diretrizes da Lei Nº 12.244/10. O seminário contou com a presença também do presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Fábio Cordeiro; da representante do Conselho Regional de Biblioteconomia, Jéssica Freitas; Telma Sobrinho, professora da Faculdade de Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará (UFPA);Patrícia Romano, professora da Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará (Unifesspa); Edileide Lima, coordenadora do Programa das Salas de Leitura; e Raimundo José Rodrigues de Oliveira, presidente do Espaço Cultural Nossa Biblioteca. Mais estrutura A secretária Araceli Lemos explicou que, no início de 2021, as bibliotecas estavam abandonadas e faltava pessoal para trabalhar como bibliotecário nas escolas. “Estamos deixando as bibliotecas muito mais estruturadas e estabelecemos que cada escola reformada tem que garantir o espaço da biblioteca”. Araceli também afirmou que o maior ganho para a comunidade escolar foi a organização do Sismub, que serve de modelo para muitos municípios brasileiros. A professora Telma Sobrinho festejou a organização do Sismub e destacou que mais importante do que o grito, é a ação. “A gente precisa agir de modo a nos fazer necessários, para que a comunidade possa entender a importância de termos bibliotecas escolares. Não adianta a força da lei, não há nada que seja mais importante do que o próprio trabalho do bibliotecário e do entendimento de que a biblioteca é um espaço de múltiplos saberes”. Jéssica Freitas reforçou que a biblioteca escola é a mãe de todas as outras. É a base para a criança se preparar e depois buscar a biblioteca pública, a biblioteca universitária. E o “profissional bibliotecário tem esse espaço de protagonismo dentro da biblioteca, que é um espaço também dividido com os mediadores de leitura”. Ela também destacou a importância dos clubes de leitura, onde a criança vai ter um contato mais próximo, mais prático, com o livro”. “Devemos participar de outros centros onde se prepara uma criança para o mundo e isso é essencial. A gente fala também desses clubes de leitura, esses momentos onde a criança vai ter um contato mais próximo, mais prático, com o livro. “É um momento sensorial mesmo, de descoberta da criança”. Espaço acolhedor A coordenadora do Sismub, Andréa Cozzi, salientou que esse é um dos objetivos do seminário, permitir que a biblioteca escolar tenha visibilidade, seja objeto de discussão, de diálogo sobre o seu papel. “E, por isso mesmo, a agenda desse encontro foi toda estruturada no formato de um livro”. Telma Sobrinho acentuou que é preciso destacar o papel recreativo do livro e a biblioteca como espaço acolhedor. “Temos que criar mecanismos de atrair o leitor, de identificar o que o leitor gosta de ler e aquilo que o outro possa nos ensinar”, disse a professora. Ela citou o indiano Shiyali Ramamrita Ranganathan, matemático e bibliotecário, que, em 1931, criou as cinco leis de Ranganathan: 1 - os livros são para usar; 2 - a cada leitor seu livro; 3- a cada livro seu leitor; 4 - poupe o tempo do leitor; e 5 - a biblioteca é um organismo em crescimento. O seminário prosseguiu com uma vasta programação com debate sobre ilustrações aos projetos gráficos: outras linguagens na arte de formar leitores, com a participação da professora Patrícia Romano; do escritor Daniel da Rocha Leite; e do ilustrador e escritor Maciste Costa. Depois ocorreram diálogos sobre a formação de leitores nas Bibliotecas Municipais de Belém: desafios e perspectivas, com a participação dos professores Nando di Almeida e Roberto Araújo; da professora Luana Gomes e da bibliotecária Carla Matos, todos técnicos de referência do Sismube; e lançamento do e-book “Diretrizes educacionais do Sismube/Died: as bibliotecas escolares e o projeto mediação de leitura”. O encerramento foi sobre políticas públicas de acesso ao livro e à leitura: cenário nacional e municipal, com Fábio Cordeiro, Andréa Cozzi, Raimundo José Rodrigues, Francilene Cardoso (UFPA) e Socorro Camelo, professora formadora da Secretaria Municipal de Educação de Marabá.
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