Mais de 400 internos da Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto (URRS), localizada no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém participam de uma ação de saúde, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Os atendimentos são feitos por enfermeiras, clínicos gerais e psiquiatras. A programação foi dividida em três dias e segue até está quinta-feira, 19.
A ação é coordenada pela Diretoria de Assistência Biopsicossocial (DAB) da Seap, que contou com 13 servidores, e realizada pelos profissionais da Sespa que disponibilizou 18 servidores. Em média são realizados 150 atendimentos por dia.
Elyene Silva, Coordenadora de Saúde Prisional da Seap, conta que o objetivo da ação é atender o máximo possível de pessoas privadas de liberdade (PPL) mantendo o acesso a saúde de qualidade dentro do cárcere.
"Com essa ação, conseguimos garantir o acesso à saúde dessas pessoas nas redes de assistência à saúde e também podemos desenvolver o trabalho de prevenção, promoção e de recuperação de saúde desses custodiados. Então, a partir do diagnóstico médico, nós conseguimos dar um tratamento de qualidade e acompanhar todo o tratamento até chegar à cura, e se for o caso, a reabilitação dessa pessoa privada de liberdade", assegura Elyene.
A fim de ampliar os atendimentos médicos e viabilizar as consultas especializadas, a Sespa, por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), garante uma equipe mista de profissionais que atendam as demandas solicitadas pela Seap.
"Hoje nós estamos promovendo um mutirão de saúde aqui na unidade garantindo o atendimento dos médicos psiquiatras, que é uma demanda muito necessária para essa população privada de liberdade. Mas todos passam pela equipe de enfermagem que faz a triagem os encaminhamentos para os outros serviços de saúde", afirma Marcely Monteiro, enfermeira coordenadora da Sespa.
Planejamento – Marcely acrescenta que nos próximos meses haverá também ações de saúde previstas para os complexos penitenciários de Santarém e Marabá.
"Essa parceria também vai se estender para os municípios de Santarém e Marabá, que possuem complexos com uma população privada de liberdade e que necessitam desse atendimento médico, juntamente com a especialidade de psiquiatra e os atendimentos de enfermagem", reforça Marcely.
Texto de Yasmin Cavalcante – NCS/Seap